domingo, 18 de dezembro de 2011

Fim...


Meus agradecimentos vão ao professor Renato Machado e ao meu colega Gilmar Martins Moreira, pela dedicação e a seriedade na disciplina realizada no intensivo de Antropologia Cultural, alcançando um ótimo rendimento do que foi estudado em aula.

Um grande abraço a todos.

Maycon Altenetter Pacheco.

Um Feliz Natal e um próspero Ano Novo a todos.

Reflexão: o Futuro da Humanidade está nas mão de nossas crianças.

Morte, Moderna E Pós-Moderna

Na ordem divina, a cruciante discrepância entre a intemporalidade do pensamento e a temporalidade da carne era uma indignidade, mas não uma provocação, uma causa de dor, mas não de ressentimento. Em um mundo fundamentado na promessa de liberdade para os poderes criativos humanos, a inevitabilidade da morte biológica era a mais obstinada e sinistra das ameaças que pairava sobre a credibilidade dessa promessa e assim, sobre o fundamento desse mundo.
A nossa sociedade “moderna tardia” (Giddens), “moderna reflexiva” (Beck), “surmoderne” (Balandier), ou – como prefiro denominá-la – pós-moderna é marcada pelo descrédito, escárnio ou justa desistência de muitas ambições (atualmente denegridas como utópicas ou condenadas como totalitárias) características da era moderna. Dentro tais sonhos modernos abandonados e desesperançados, está a perspectiva de suprir as desigualdades socialmente geradas, de garantir a todo individuo humano uma possibilidade igual de acesso a tudo de bom e desejável que a sociedade possa oferecer. Mais uma vez, tal como nas etapas iniciais da revolução moderna, vivemos numa sociedade cada vez mais polarizada.
Ao longo do período moderno, tendeu-se a definir a exclusão social como um soluço temporário no progresso uniforme e implacável, sob outros aspectos, em direção à igualdade. Ela era minimizada pelo mau funcionamento ainda não corrigido, mas em principio corrigível, do sistema social não suficientemente racionalizado.
Seria insensato – talvez ingênuo, mas certamente arriscado – excluir a possibilidade de uma ligação estreita entre a premonição de redundância orgânica e os atuais sinais de reavaliação da nova vida e longa vida. Vivemos na época do temor demográfico. Se, durante a era da modernidade do Sturm und Drang, um elevado índice de natalidade era considerado um sinal de “saúde da nação” e “mais pessoas” significava mais riqueza e poder, atualmente ambos são receados como uma ameaça à bem-aventurança dos consumidores e como um imposto exasperante sobre “recursos limitados”. Cada vez mais, as pessoas são registradas na coluna de débito, não na de crédito, do cálculo econômico. Seria realmente estranho se não houvesse vínculo entre a desvalorização econômica dos totais humanos, com a redundância inerente da população, e a tendência cultural, cada vez mais acentuada, de recusar a vontade do direito de viver àqueles que são demasiado fracos ou insignificantes para exigir e assegurar esse direito. Um exame mais atento da cena cultural pós-moderna sugere fortemente tal reviravolta nos acontecimentos. Para o consumo de massa, a nossa cultura tem uma mensagem que, se tanto, desvaloriza ou dilui o sonho da vida eterna, e isso mediante o exorcismo do horror da morte. Esse efeito é alcançado por meio de duas estratégias aparentemente opostas, porém de fato suplementares e convergentes. Uma é a estratégia de esconder de vista a morte daqueles próximos à própria pessoa e expulsá-la da memória; colocar os doentes terminais aos cuidados de profissionais; confiar os velhos em guetos geriátricos muito antes de eles serem confiados ao cemitério, esse protótipo de todos os guetos; transferir funerais para longe de locais públicos; moderar a demonstração pública de luto e pesar; explicar psicologicamente os sofrimentos da perda como casos de terapia e problemas de personalidade. De outro lado, porém, como recentemente nos lembrou Georges Balandier, a morte “se banalisa par la prolifération de images”.
A morte próxima de casa é dissimulada, enquanto a morte como um transe humano universal, a morte dos anônimos e “generalizados” outros, é exibida espalhafatosamente, convertida num espetáculo de rua nunca findo que, não mais evento sagrado ou de carnaval, é apenas um dentre muitos dos acessórios da vida diária. Assim banalizada, a morte torna-se demasiado habitual para ser notada e excessivamente habitual para despertar emoções intensas. É a coisa “usual”, excessivamente comum para ser dramática e certamente demasiado comum para se ser dramático a respeito. Seu horror é exorcizado pela sua onipresença, tornando ausente pelo excesso de visibilidade, tornando ínfimo por ser ubíquo, silenciado pelo barulho ensurdecedor. E, enquanto a morte se desvanece e posteriormente desaparece pela banalização, assim também o investimento emocional e volitivo no anseio por sua derrota.
É como se a multidão houvesse sido sub-repticia, mais persistentemente, treinada a não desejar o que é improvável que consiga de qualquer modo, a não ambicionar a vida eterna quando – e se – ela se tornar viável.

Imortalidade.
Se a modernidade se esforçou para desconstruir à morte, em nossa época pós-moderna é a vez de a imortalidade ser desconstruída. Mas o efeito global é a obliteração da oposição entre morte e imortalidade, entre o transitório e o duradouro. A imortalidade não é mais a transcendência da mortalidade. É tão instável e extinguível quanto a própria vida, tão irreal quanto se tornou a morte transformada no ato do desaparecimento: ambas são receptivas à interminável ressurreição, mas nenhuma à finalidade.
O conhecimento da morte é a tragédia especificamente humana. O mundo que temos habitados até aqui está salpicado pelas marcas e traços deixados pelos nossos esforços em escapar para a imortalidade.

quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

O Mundo no Século XXI

Vivemos em uma sociedade em que as mudanças acontecem em grande velocidade, provocando transformações substanciais nas relações entre os individuos e no planeta. Vivemos em um mundo conectado.
Em 1967, o filósofo e educador Hebert Marshall McLuhan afirmou que vivemos em uma aldeia global. para ele o progresso tecnologico reduziu o planeta a uma aldeia, onde há possibilidade de se intercomunicar diretamente com qualquer pessoa que nela vive. Como paradigma da aldeia global McLuhan elegeu a televisao, um meio de comunicação de massa.
Manuel Castells relaciona a forma desta nova sociedade, onde tudo é sistêmico e interconectado, com o conceito de sociedade em rede. Ele afirma que estamos vivendo uma revolução baseada nas tecnologias da informação, processamento e comunicação.
Zygmunt Bauman acredita que, ante a fragilidade dos relacionamentos as pessoas estao privilegiando a quantidade em vez da qualidade. Assim, mutiplicam-se e acumulam-se relacionamentos, buscando a salvação nas redes "cuja vantagem é tornarem igualmente facil conectar-se e desconectar-se.
O jornalista Thomas Friedman defende a teoria de que o mundo do século XXI é plano. Trata-se de uma metáfora para descrever o que temos vivenciado no dia a dia: O mundo parece cada vez menor, dadas as facilidades para acessar recurssos e pessoas que, pouco tempo atrás, pareceriam inatingíveis.
Hoje, nossa convivencia com os mais diversos tipos de imagem nos permite distinguir entre a maioria delas. Todavia, as diferenças entre ficção e realidade sempre são complexas.
O mundo televisivo é construído  com arte, ciência e técnica, recursos com os quais se pode atingir melhor os objetivos de envolver e persuadir o espectador.
Quem unca ouviu que as relações entre as pessoas estão mudando por causa das tecnologias? Quantos da geração Z percebem essa mudança?
Estamos falando de um grupo de pessoas que já nasceu nessa "nova" cultura, uma geração que domina quase todas as técnicas de linguagem, ao ponto de criar uma língua própria, quase impossível de ser decifrada pelos mais velhos.
o Homo Sapiens está anatonicamente formado há pelo menos 200 mil anos, com pouquissimas diferenças face ao que somos hoje. A revolução da escrita inicia cerca de 5.200 anos atrás, e teve várias ondas.

O cineasta Horson Welles propôs à rádio CBS uma transmissão deferente: a adaptação de A Guerra dos Mundos. a transmissão foi ao ar às 20 horas, do dia 30 de outubro de 1938.
enquanto isso, em Nova Iorque e em outras regiões próximas, quartéis de bombeiros , postos policiais, hospitais e redações de jornais foram invadidos por multidões alarmadas com a noticia da invasão dos marcianos. Naquela época, o rádio exercia grande influência na vida das pessoas.
Foi narrado, então, o inicio da invasão a Nova Iorque e também a existência de um gás mortífero no ar, que atingia até mesmo os prédios mais altos. o locutor vítima desta arma assassina, também cai morto, chegando ao fim a tranmissão. Neste episódio, parte do público não conseguiu diferenciar entre: o que era ficção, o que era realidade e o que era imaginação.
CYBERBULLYNG
Bullyng é um tipo de violência disseminada  nas escolas do mundo todo. mesmo que o termo esteja em alta atualmente, a prática é muito antiga em sua versão "real".
Com a chegada da internet a versão online do bullyng, o cyberbulling. Em termos práticos, e e-mails, torpedos, blogs, fotoblogs, orkut, MSN, etc. São usados para ridicularizar, humilhar, maltratar e constranger. Esta forma de ataque tem ganho dimensões incalculáveis na web e preocupado autoridades, pais e psicólogos do mundo todo, já que o efeito dessa violência é um multiplicador do sofrimento das vitimas.
Da tela para o mundo
A ideia de privacidade na rede ainda é complexa. a Internet é um meio tão novo que, muitas vezes, ainda podemos transpor a intimidade do nosso quarto, casa, sala de aula etc. Para uma tela que aparentemente, não representa perigo.
Na web, as políticas de privacidade não são 100% seguras, vírus e crackers estão acima dos sistemas de segurança. E, ainda, podemos postar algo à primeira vista inofensivo, mas que pode propiciar uma superexposição na rede.

A Condição Humana

O estudo da condição humana não depende apenas do ponto de vista das ciências humanas. Não depende apenas da reflexão filosófica e das descrições literárias. Depende também das ciências naturais renovadas e reunidas, que são: a cosmologia, as ciências da Terra e a Ecologia.
Trazemos, dentro de nós, o mundo físico, o mundo químico, o mundo vivo, e, ao mesmo tempo, deles estamos separados por nosso pensamento, nossa consciência, nossa cultura. Assim, Cosmologia, ciências da Terra, Biologia, Ecologia permitem situar a dupla condição humana: natural e metanatural. Conhecer o ser humano não é separá-lo do universo, mas situá-lo nele. Todo conhecimento, para ser pertinente, deve contextualizar seu objeto.
Ao longo do tempo, a condição humana foi autoproduzida pelo desenvolvimento do utensílio, pela domesticação do fogo, pela emergência da linguagem de dupla articulação e, finalmente, pelo surgimento do mito e do imaginário... Assim, a nova pré-história tornou-se a ciência que permite a ressurreição do humano que fora eliminado pelas fragmentações disciplinares. O ser humano nos é revelado em sua complexidade: ser, ao mesmo tempo, totalmente biológico e totalmente cultural.
Quanto à contribuição dela Historia para o conhecimento da condição humana, ela deve incluir o destino, a um só tempo, determinado e aleatório da humanidade. Todas as conseqüências sairiam da conscientização de que a Historia não obedece a processos deterministas, não está sujeita a uma inevitável lógica técnico-econômica, ou orientada para um processo imprescindível.
Todas as disciplinas, tanto das ciências naturais como das ciências humanas, podem ser mobilizadas, hoje, de modo a convergir para a condição humana.
A contribuição da cultura das humanidades para o estudo da condição humana continua sendo fundamental. Em primeiro lugar, o estudo da linguagem; sob a forma mais consumada, que é a forma literária e poética, ele nos leva diretamente ao caráter mais original da condição humana, pois como disse Yves Bonnefoy, “são as palavras, com seu poder de antecipação, que nos distinguem da condição animal”. E Bnnefoy enfatiza que a importância da linguagem está em seus poderes, e não em suas leis fundamentais.
Em fim, a filosofia, se retomar sua vocação reflexiva sobre todos os aspectos do saber e dos conhecimentos, poderia, deveria fazer convergir a pluralidade de seus pontos de vista sobre a condição humana. Seria possível, daí em diante, chegar a uma tomada de consciência da coletividade do destino próprio de nossa era planetária, onde todos os humanos são confrontados com os mesmos problemas vitais e mortais.